Neste terceiro dia da aventura Palentina, no Parque Natural de Fuentes Carrionas, o último objectivo consistia na mais alta das três montanhas propostas: Peña Prieta. Anteriormente, as duas últimas publicações deste blog, cobriram as duas primeiras: O Curavacas e o Espigüete.
2539m de altitude, são respeitáveis, e depois das duas etapas anteriores, o cansaço acumulado, valia pouco em face de uma nova aventura, pelo que, abraçámos esta última etapa, com a máxima paixão, e expectativa daquele que já adivinhávamos, seria o mais bonito percurso dos três. Nesta conquista, fizemos o percurso mais longo até aqui(18km), e claro, em modo circular. Mais uma vez o calor esteve presente, e por isso cedo começámos desde Puerto de San Glorio.
Logo ali era possível contemplar visões magníficas de um parque belíssimo.
O primeiro ponto de atenção seria, ao atacar o Alto de Cubil del Can. Ao chegarmos perto era possível perceber que seria um passo de montanha técnico de alguma escalada, e exigindo máxima concentração...por baixo, o abismo.
Antes de o subir, saudei um caminheiro espanhol, que acabou por se juntar a nós, durante todo o percurso. O Roberto andava sozinho, e doravante, quatro seríamos. Passado o Cubil del Can, o Mojón de las Trés Provincias(2499m)(Léon, Cantabria e Palência), foi o ponto de interesse que já nos permitia admirar desde o seu cume, o mundo em baixo, grandioso, verde, luxuriante, serrado e bonito como se alguém o tivesse feito cenário para ser admirado. Mais acima um pouco, a vertiginosa encosta que levaria ao cume do Pico dos Infernos(2537m) e ao Peña Prieta(2539m). Andar nestas arestas é verdadeiramente emocionante. Nestes dois últimos cumes era visivel o porquê do nome Prieta...rocha escura, negra como se tirada de uma passagem da aventura do Mr.Frodo pelas terras de Mordor, aliás, o sigificado da palavra Mordor é precisamente "terra negra". O contraste entre os cumes e o mundo lá em baixo era total.
Andar nestas arestas é verdadeiramente emocionante. Nestes dois últimos cumes era visivel o porquê do nome Prieta...rocha escura, negra como se tirada de uma passagem da aventura do Mr.Frodo pelas terras de Mordor, aliás, o sigificado da palavra Mordor é precisamente "terra negra". O contraste entre os cumes e o mundo lá em baixo era total.
Um pouco abaixo, a lagoa de Fuentes Carrionas é o berço do rio Carrión, que percorre todo o Valle de Pineda por baixo do Curavacas, Vidrieros, onde começámos estas aventuras e Velilla, onde dormimos. O Rio Carrión foi quase omnipresente estes três dias.
No regresso, a descida foi feita por vales belíssimos com Lagoas em antigos circos glaciares, seguindo o curso de ribeiras cheias, rodeados de verde imenso e luminoso dentro de paredes imponentes.
Epílogo
No regresso a casa, transportamos uma memória inabalável de felicidade, de reinos encantados, de superação, conquistas e amizade. Pessoalmente dirijo o meu obrigado, aos meus familiares, também aos amigos que ficaram e que vibram com estas sensações, e muito especialmente, aos meus dois companheiros de aventura, o Jorge, por toda a sua experiência e sensatez e por último... ao Alberto, que imaginou o conceito original e teve o maior trabalho de planificação; aos dois o meu humilde obrigado e até novas aventuras. Aquele abraço.
"O meu melhor amigo é aquele que faz aparecer o melhor de mim."
Henry Ford
2 comentários:
Um trilho de uma beleza incrível!
A variedade de paisagens e contrastes não deram descanso aos olhos.
E claro, a conquista do Prieta encheu a alma. Ou não estivéssemos a falar da mais alta montanha da Cordilheira Cantábrica, fora dos Picos de Europa.
É disto que se alimenta a alma de um montanheiro!
Foram 3 amigos, 3 dias, 3 conquistas...
Em grande!
Grande abraço aos camaradas!
...NÃO ESTIVE LÁ MAS AO LER O TEXTO E VER AS FOTOS É COMO SE ESTIVESSE...BELO DE MAIS...OBRIGADO PELA PARTIDA DE TÃO LINDAS E BOAS VIVÊNCIAS DE VIDA
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