terça-feira, 10 de março de 2015

Adrão - Soajo


Um daqueles dias em que manda a sabedoria, não avançar. Nevoeiro e chuva para a montanha são sinais claros para o caminheiro.
Subir ao alto da Pedrada, na Serra do Soajo era o objectivo. Chegados ao parque do Mezio, concluímos que estar no alto da Pedrada a 1400m de altitude, ou na baixa do Porto a 50, ía ser a mesmíssima coisa. Seguimos até ao Soajo, a aldeia com maior concentração de espigueiros em Portugal. Aí, depois de visitar os ditos cujos, metemos  botas ao caminho para cruzar a bela ponte do rio Adrão. Belos caminhos de aldeia, que quis o destino, nos cruzaram  com uma simpática e muito conhecedora habitante local, que tentava retornar um teimoso potro recém nascido à sua côrte. 

Prosseguimos por ela acompanhados, com a guia local a começar a desbobinar o seu conhecimento enorme da região e da realidade do parque nacional. A conversa era para continuar à mesa do café, abrigados da chuva. Cerca de duas horas à cavaqueira e  fiquei com a sensação de ter passado uma valiosa experiência que me fez andar km. Por vezes, a paisagem exterior não é o mais importante neste mundo da alma, mas sim um belo pretexto.

O alto da Pedrada não perde pela demora...
 
P.s...é não se esqueçam; o cão não é "Castro Laboreiro", mas sim "Sabujo Português". Isto se não quiserem ser amarrados ao Pelourinho no meio da aldeia e ser infligidos com castigo físico a determinar ainda.










 

1 comentário:

Alberto Pereira disse...

Tempo ganho, amigo Alexandre!
E a Pedrada que se apronte!

Abraço