terça-feira, 9 de outubro de 2018

LOS URRIELES - DAY TWO - PEÑA VIEJA

Depois de um primeiro dia com muitos kms num dos piores terrenos para caminhar, e uma noite para recuperar o possível, cá vamos nós de volta ao trabalho. Desta vez os objetivos são conquistar o cume do Peña Vieja, o mais alto da Cantábria, que está totalmente inserido nesse território, e também, apesar de não ser um cume, a Collada Bonita, nos 2382m, de onde se avista pelo Este, esse símbolo do parque que é o Pico Urriellu. 

11km, 1112m desnível acumulado, Alt máx: 2617
Desnível máx: 74%



Desta vez para subir desde Fuente Dé, usámos o teleférico. Começa o trilho pois, na estação superior do El Cable em direção à passagem da Canalona. 





Pelo caminho reencontrámos o simpático Cheri, que no dia anterior conhecemos na Torre Blanca.




As Palentinas


Começa a subida até ao collado da Canalona...







Esta passagem é bastante exposta à interminável cascalheira, e neste dia o vento soprava bem, e frio. A parte final inclina bastante e parece que o corpo quer deslizar para trás na gravilha. 

Ao chegar finalmente ao collado, mais frio, mais vento e, a visão do Peña Vieja que tantas vezes vimos nas fotos, que ganha uma nova dimensão... 


O Vieja é majestoso e absolutamente impressionante. Parece uma rampa de lançamento de uma base espacial e, quanto mais se suba, mais ele inclina. 



Proíbido olhar para baixo...Com alguma apreensão mas sempre ambiciosos, chegámos ao topo, de onde naquele dia fomos presenteados com um tecto de nuvens por baixo... maravilhoso. 



 El Picu, desde o Vieja
 Para os lados de Aliva

 Palentinas
 Os pequenos hobbits


 O cenário para o resto da etapa até à Collada Bonita

Lá em cima estava frio e ventoso, e, depois de saborear aquele incrível momento há que descer.., com muito cuidado, para não ir parar ao fundo do hoyo, quase 300m abaixo. 


Chegados abaixo, começa a segunda parte do dia, que é caminhar até à Collada Bonita. Terreno muito variado, com vários buracos enormes a céu aberto por onde se espreitarmos, não veremos fundo. 



Pedras cortantes, crestas, cascalheiras, passos expostos, declives...Picos da Europa.


 O Peña Castil a lutar para não ficar por baixo...










 Para trás o Vieja...









Cuchalón de Villasobrada




Quase na Collada...









A subida final para a Collada Bonita impressiona, mas, depois de lá chegados, a descida que segue para o Jou Tras El Picu, consegue ser ainda pior.






As vistas são soberbas. Ali imediatamente fomos recebidos pelas chovas piquigualvas, aves de altitudes. Esta até tem uma anilha...













Descer, descer, descer...






Já no fundo, os rebecos...





Lá por cima, nas alturas, alguns sons humanos, revelam os escaladores na parte sombria do Picu, a tentarem acabar a lenta trepadela até ao cume...


 O pontinho branco assinala a sua localização

Estes só muito mais tarde já de noite, chegariam ao refúgio...





 A Morra del Carnizoco






 Siga para o refúgio do Urriellu, descansar para um terceiro dia muito violento.



 Fantasmas






  O descanso do guerreiro



Desde já o meu agradecimento particular, aos meus colegas de jornada Alberto e Jorge, por facilitarem algumas das belas fotos aqui publicadas. Resumidamente, também aqui é um trabalho de equipa.



No próximo post, sobre o terceiro dia, o relato especial da subida ao cume mais alto dos Picos da Europa, a Torre Cerredo.

Abraços, boas caminhadas e muito cuidado.











Sem comentários: