segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Por terras de Fafião - Corga do Salgueirinho

Percurso: Fafião - Touça - Corga do Salgueirinho - Velas Brancas - Coucão- Valongo - Amarela - Bicos Altos - Matança - Fafião
Distância: 20km

Dia perfeito para uma incursão pela Serra do Gerês, com o objectivo maior: ligar a Touça Às Velas Brancas, pela Corga do Salgueirinho. Finalmente temperaturas baixas como assim deve ser para andar melhor: geada matinal.







Antes de lá chegar, passámos pelo Porto da Laje, onde é possivel testemunhar a enorme zona queimada, em toda a encosta por baixo do Alto de Palma, e subindo do outro lado até quase ao cimo de Porta Ruivas. Um cenário negro retinto, que só não choca mais, por respeito para com todas as pessoas que perderam a vida nos últimos meses, vítimas do fogo.





A Corga do Salgueirinho tem como guardião maior, a imponente Pála do Coucão. A Corga é percorrida por um ribeiro repleto de pequenas lagoas, ladeadas por azevinhos e azevinhas, teixos ancestrais, carvalhos, prados e alguns testemunhos da presença humana: portelos e cercados. Alguns abrigos naturais também se encontram, mas, essencialmente é zona onde por força das inclinadas paredes que se elevam acima da corga, o homem antigo não quisesse construir aí abrigo, por medo de pedras rolantes, e/ou por ali bem perto, o Curral da Touça fosse apoio suficiente. Isto são apenas teorias possíveis, enquanto não haja certezas maiores. Uma coisa é certa, a corga é muito bela e à medida que se sobe e a inclinação fica maior, as espéçíes arbóreas são mais densas e antigas. Após uma boa trepadela, o cimo finalmente...almoço no miradouro das Velas Brancas para comtemplar muito da serra. Infelizmente também se avistava terra queimada na Corga de Valongo.


Nota final para a água, que jorra das fontes e ribeiros...um sinal de esperança,que não esperava ver tão forte. Maravilha.




Algumas imagens do dia e um abraço ao Alberto Pereira, companheiro de viagem, à Mónica que tratou da logística gastronómica que tão bem tratada estava,  e á minha mulher que foi valente e guerreira, num percurso difíçil. A ela dedico este verso:

"Retorno a casa como um lobo refeito
Quase saciado desse amor tão teu
Que se espalha por mim a sair do peito
Que não fenece...neste coração meu."
Cumplicidade entre reinos: mineral e vegetal

1 comentário:

Alberto Pereira disse...

A busca incessante por novos horizontes, através de caminhos á muito tempo esquecidos...
Uma jornada gratificante!

Abraços