quarta-feira, 24 de outubro de 2018

DESDE MONTE CÓRDOVA ATÉ VILA DO CONDE

Nada aqui de muito complicado. Treinar as pernas desde casa em Monte Córdova, até Vila do Conde, bordeando sempre que possível o Rio Ave, e evitando também sempre que possível a estrada nacional. 

No total foram 32,7km sem nenhum desnível digno de referência. Apenas de relevar que os 6km médios por hora permitiram fazer o percurso em 5h30. Foi sempre a andar. 

Quanto ao resto, infelizmente, só posso dizer que é com uma pena enorme, que constato o enorme potencial desperdiçado de uma região atravessada por este magnífico filho da Serra da Cabreira nascido a 1200m de altitude, agora irreconhecível, desde que a civilização e a permissividade dos governantes o permitem utilizar como saco do lixo.


O Ave em si, é um negro esgoto a céu aberto, um rio morto, mas não é apenas esse o problema. Aquilo que poderia ser uma envolvência muito agradável até à foz, está minada por uma série de problemas: desordenamento das estruturas habitacionais, concentração enorme de unidades fabris, eucaliptos a perder de vista, vacarias por todo o lado, e, onde vai parar a porcaria? Pois...






 Ponte Românica da Lagoncinha









 Tintas e vernizes a menos de 10m do rio...genial.











Não deixa de ser quase surreal que o esforço empenhado na criação do Parque das Azenhas pela autarquia da Trofa, redunde num belo passeio de 4 km, que tive o prazer triste de calcorrear neste dia. 

















 Só quem nunca percorreu os cursos de água limpa e cheia de vida, pode olhar para esta fétida negridão com indiferença. Se isto é progresso, então prefiro o atraso.































É possível reverter isto, ou o mal está feito? Respondo que o mal está feito para pelo menos algumas gerações. Lastimável.



Água é vida...Não se mata um rio...


Abraços e boas caminhadas

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